Casa na árvore...


Casa n'árvore é poético por si só e sempre me foi muito fascinante, desejável... O tempo passou e de certa forma tive uma casa n'árvore, não necessariamente em cima, mas entre elas, num terreno aqui perto de casa, hoje não a tenho mais, claro, como poderia? Eu desse tamanho! Hoje as árvores não passam de arbustos, "involuiram!?"!
Num é que percebi, sem querer, que mesmo desse tamanho, tenho uma. A minha se enquadra nesse termo: Casa n'árvore, de forma peculiarmente pitoresca. Porque na verdade são três casas, uma igreja e outra árvore, que me cativam, tomam em cativero minha imaginação, e é sempre pra ela que vou quando estou de frente ao computador sem ter noção de como um trabalho deve ficar... Me serve de refúgio/inspiração como toda boa casa n'árvore, neste caso a grandiosidade da poesia desse termo me é particularmente desmedida, tenho quase uma vila inteirinha numa casca da árvore, um truque da poesia.

Pra quem vê num canto a poesia despercebida, e pensa: por que muda tanto? Nós mudamos de tamanho, de cabeça, de casa, de casca, mas a poesia permanece suficientemente intácta dentro da gente do jeito, diferente, que a gente sente...


(Tive vontade de desenhar a minha casa n'árvore depois que a vi passar quase despercebida na entrevista concedida ao Programa Diversidade, da TV Itararé - aproveitando para agradecer a toda equipe - Então esse poste é para elogiar/agradecer/divulgar a poesia que mora dentro da casa n'árvore de cada um da gente.)